Convidada pela colega Rosane Pimentel, fui assistir a peça A ALMA IMORAL. Eram os últimos dias em cartaz, após 6 anos, mas a casa estava lotada e todos aplaudiram de pé. Impossível definir a experiência em poucas palavras, trata-se de uma obra de arte, no melhor sentido do que podemos chamar de arte. O tempo de apresentação é apenas gatilho para muitos outros desdobramentos.
Diversas sensações, reflexões e tensões são despertadas durante e após a peça. Somos provocados a questionar nossas verdades mais enraizadas, nossas crenças e valores. O enredo é impactante, provocador, revelador, transformador e espetacularmente simples, assim como a vida. A alma imoral é baseada no livro homônimo de Nilton Bonder; Foi explorada, compreendida, vivida e compartilhada – com todo seu ser, de forma magistral – por Clarisse Niskier. A arte que nos toca a alma, nos transforma, não e possível permanecer com a mesma visão de mundo. Alias, mais do que isso, a peça nos faz ter consciência de sermos a própria transformação, a tal “metamorfose ambulante” de Raul Seixas. Sai extasiada e incomodada. Sim, incomodada com alguns espaços estagnados, saí ansiando movimento e sossego, um paradoxo como tantos outros estimulados. Comprei o livro aos poucos vou saboreando cada palavra, viajando em novos desdobramentos. Ainda terei muito a compartilhar sobre tantas desconstruções e novos constructos. Mas, por ora, me satisfaço com a entrevista acima. Quase uma hora de video, mas vale a pena. Confira.
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